Mensagens e Artigos

Mensagens de Pai Romão

A maior virtude, tanto do encarnado quanto do desencarnado, é saber esperar.

Saber esperar e acatar aos superiores no que diz respeito à matéria, o terreiro, uma tenda, uma casa de caridade.

Cabe a nós e a vocês ensinar, orientar e aprender o que é certo ou o que é errado, o que se pode e o que não pode, o que não deve ser feito e o que deve, sempre visando o respeito, a humildade, o conhecimento. Isso é fundamental para ajudar o próximo.

Todos nós que estamos aqui viemos com uma missão, e a nossa é orientá-los em um caminho mais reto. Se cada um souber esperar e agradecer tudo com amor, no momento certo as coisas fluirão. Quanto mais amor nesta religião, mais fortalecidos estamos. A pressa é inimiga da perfeição.

DÊ TEMPO AO TEMPO, QUE O TEMPO DIRÁ.

 

 

ORAÇÃO DE XANGÔ

 

Kaô meu Pai, Kaô

 

O Senhor que é o Rei da Justiça,

 

Faça valer por intermédio de seus doze ministros,

 

A vontade Divina,

 

Purifique minha alma na cachoeira.

 

Se errei, conseda-me a luz do perdão.

 

Faça de seu peito largo e forte meu escudo,

 

Para que os olhos de meus inimigos não me encontrem.

 

Empresta-me sua força de guerreiro,

 

Para combater a injustiça e cobiça.

 

Minha devoção ofereço.

 

Que seja feita a justiça para todo sempre,

 

É meu Pai e meu defensor,

 

Conseda-me a graça de receber sua luz e de receber sua proteção.

 

Kaô meu Pai Xangô, Kaô.

 

Oração a Xango

Bondoso São Jerônimo, o vosso nome Xangô, nos terreiros de Umbanda, desperta as mais puras vibrações. Protejei-nos, Xangô, contras os fluidos grosseiros dos espíritos malfazejos,

Amparai-nos momentos de aflição, afastai de nossa pessoa todos os males que forem provocados pelos trabalhos de magia negra.

Rogamos-vos, também, São Jerônimo, usar de nossa influência caridosa junto às mentes daqueles que por ambição, ignorância ou maldade, praticam o mal contra os seus irmãos,

Afastando-os do erro e conduzindo-os a pratica do bem.

 

Assim seja!

 

Kaô Cabecilê

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Vem das tuas verdes matas para o recesso da minha mediunidade saudosa dos teus benditos fluídos!
Vem incensar minh’alma com o aroma da tua presença querida, fazendo ecoar em meus ouvidos aten-
tos, o “quiô” da tua vibração!
Vem trazer-me o calor das tuas palavras fluentes, traduzidas na sonoridade das folhas das palmeiras
quando se espanam no ar...
Quero, contigo, apanhar as folhas da Jurema para adornar todo o meu Juremá... Cruzar meu caminho
com galhos de arruda e enfeitar minha gira com ramos de guiné...
Vem... Traz o teu arco forte e a tua flecha certeira... Vamos, numa só vibração, penetrar no seio da mata
virgem, procurar o inimigo que lá se esconde e desarmá-lo, à pujança do teu braço forte!
Volta, Caboclo! Coloca em minha fronte o teu belo cocar... e entrosa em mim, tua essência pura de
aromáticos jardins, contida em tão pequeno frasco!
Como podes usar-me, tu, enviado bendito das falanges superiores, para cumprimento da tua missão?
A que sacrifícios se submete a tua aura, pois, sendo tão grande, consegue incorporar-se num tão
diminuto ser!... Mesmo sabendo-me o mais insignificante dos teus médiuns, rogo-te, com ânsias
desesperadas na voz e uma saudade torturante em meu coração: “Volta ao teu reino de luz onde
impera a verdadeira caridade! Volta ao teu pegi de amor onde te aguardam, ansiosos, os teus filhos de
fé e o teu modesto aparelho receptor...
As ondas vibráteis da minha mediunidade querem voltar a funcionar ao toque das tuas abençoadas
mãos... Teu regresso será uma festa emocional onde as lágrimas mal contidas se confundirão com o
sorriso de algumas criaturas que não sabem chorar...
Teu ponto riscado iluminado está... teu ponto cantado, entoado num só diapasão de voz, te abrirá ao
nosso meio, para aconchego dos que reconhecem em ti, um trabalhador no campo sublime da
caridade!...
Teu assobio atrairá a atenção daqueles que ainda te crêem em missão no Alto e de pronto, estarás
entre nós, numa vibração harmoniosa que a todos envolverá.
Volta Caboclo, Okê Caboclo, Graças a Deus...
Salve a todos os Caboclos!

SALVE CABOCLO

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as sete linhas de umbanda

 

 

 

 

 

 

 

As Sete Linhas de Umbanda Pesquisando sobre a nossa religião encontrei esse texto escrito por Manoel Lopes, irmão na fé, que elucida alguns pontos por muitos ainda desconhecido. Esse texto originalmente se encontra no site do Núcleo Mata Verde. Cantamos e ouvimos falar muito sobre as sete linhas da umbanda, mas poucas pessoas compreendem e conhecem a origem histórica das sete linhas da umbanda. Neste artigo iremos nos aprofundar no estudo da origem das sete linhas da umbanda e também apresentaremos a visão doutrinária do Núcleo Mata Verde sobre as sete linhas.

 

Sabemos que a Umbanda, como um culto organizado, começou em Niterói/RJ no início do século XX, tendo como data oficial da primeira reunião o dia 16 de Novembro de 1908. Todos os documentos históricos indicam que o jovem Zélio de Moraes foi o responsável pelo início da umbanda.

 

 

 

 

 

                        

 

Zélio fundou a primeira Tenda de Umbanda do Brasil, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e as primeiras sete Tendas de Umbanda que teriam a responsabilidade de divulgar e ampliar a religião em solo brasileiro; criou o primeiro jornal de Umbanda, a primeira Federação de Umbanda e também foi um dos organizadores do primeiro congresso de umbanda realizado em 1941. Em sua vida teve oportunidade de divulgar a Umbanda de norte a sul do nosso país. Neste artigo não vamos entrar em maiores detalhes sobre a origem da Umbanda, mas todas as informações acima são fundamentadas em livros, atas, estatutos registrados em cartório, gravações de vídeo e áudio. A origem da Umbanda com Zélio de Moares, não é somente um mito, um “achismo”, como alguns afirmam, mas fruto de pesquisa de muitos estudiosos, escritores, pesquisadores e umbandistas sérios. Sabemos que a Umbanda teve seu inicio em 1908, mas e as sete linhas da Umbanda? Elas sempre existiram? Quem elaborou as sete linhas da Umbanda, foram os Orixás, os espíritos, os dirigentes umbandistas, os escritores? Qual foi a primeira apresentação (codificação) das sete linhas da Umbanda? Quais as visões existentes? Quais são as sete linhas da Umbanda segundo a doutrina dos Sete Reinos Sagrados que nos foi ensinada? Estas são algumas das perguntas e esclarecimentos que pretendemos desenvolver neste texto doutrinário.

 

O INÍCIO Sabemos que foi o Caboclo das Sete Encruzilhadas o espírito responsável pela organização da Umbanda, orientando logo na primeira reunião como seria esta nova religião, como seriam os trabalhos espirituais, o uniforme utilizado, o horário de início e término, os estudos etc. Era o Caboclo quem orientava e dava todas as determinações, por isso era chamado pelos integrantes da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade de CHEFE. Além do Caboclo das Sete Encruzilhadas, logo na primeira reunião se manifestou outro espírito chamado Pai Antônio, um Preto Velho. Estes dois espíritos foram os iniciadores do que conhecemos hoje como religião de Umbanda, um CABOCLO e um PRETO VELHO. Somente em 1913 (passados cinco anos do inicio da religião) é que Zélio de Moraes começou a trabalhar com a entidade conhecida como Orixá Mallet. É importante deixar registrado que até esta data (conforme gravação de áudio do próprio Zélio de Moraes) o nome da nova religião era ALABANDA. Segundo Zélio de Moraes nome original da religião foi Alabanda, onde Alá é uma palavra árabe que significa “Deus” e banda significando “do lado de”. Logo, Alabanda significa ao lado de Deus. Esse nome foi dado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, como uma homenagem ao Orixá Mallet, que era malaio e muçulmano. (Alá é a forma como os muçulmanos chamam Deus). Portanto até esta data não se falava em “SETE LINHAS DA UMBANDA”, também não existia na umbanda crianças, exus, pomba-gira, ciganos, baianos e outras linhas conhecidas atualmente.

 

QUAL FOI A PRIMEIRA DAS SETE LINHAS DA UMBANDA? Somente em 1925 (passados dezessete anos do início da umbanda) é que o senhor Leal de Souza em entrevista a um jornal do Paraná, chamado “Mundo Espírita” apresenta pela primeira vez uma codificação das Sete Linhas da Umbanda. Leal de Souza era escritor, jornalista e redator chefe do jornal “A Noite” do Rio de Janeiro; foi um participante ativo e dedicado, durante 10 anos, da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e amigo de Zélio de Moraes. Afastou-se da Tenda Nossa Senhora da Piedade, sob as ordens do Caboclo das Sete Encruzilhadas, para fundar a Tenda Nossa Senhora da Conceição. Em 1932 é convidado para escrever uma série de artigos sobre Espiritismo e Umbanda e novamente apresenta as Sete Linhas da Umbanda. Em 1933 publica o primeiro livro a falar sobre a umbanda: “O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas da Umbanda”.

 

O arquivo (PDF) deste livro está disponível na nossa sessão Livros Espíritas.

 

 

 

                                  

 

Leal de Souza Segundo Leal de Souza, que vivia a Umbanda em sua origem, as Sete Linhas da Umbanda eram: OXALÁ; OGUM; OXOSSI; XANGÔ; IANSÃ; IEMANJÁ; AS ALMAS. Em 1941 (passados 33 anos da fundação da Umbanda) foi realizado no Rio de Janeiro o Primeiro Congresso Brasileira de Umbanda e neste congresso é ratificado as Sete Linhas da Umbanda. As linhas são chamadas de “Pontos da Linha branca de Umbanda” ou graus de iniciação e são: 1º grau de iniciação – ALMAS; 2º grau de iniciação – XANGÔ; 3º grau de iniciação – OGUM; 4º grau de iniciação – IANSÃ; 5º grau de iniciação – OXOSSI; 6º grau de iniciação – IEMANJÁ; 7º grau de iniciação – OXALÁ. Reparem que os Sete Pontos ou Graus de iniciação confirmados no Primeiro Congresso Brasileira de Umbanda (1941) são as Sete Linhas da Umbanda apresentadas por Leal de Souza em 1925. É neste primeiro congresso de umbanda que a Tenda Mirim apresenta um trabalho sugerindo que o nome da religião seria Aumbandã. Em 1942 Lourenço Braga publica sua tese chamada “Umbanda e Quimbanda”, na qual apresenta o primeiro esquema formulado e pensado das Sete Linhas da Umbanda com sete legiões para cada linha, também marca seu pioneirismo na apresentação da LINHA DO ORIENTE e das sete linhas da Quimbanda: Linha de Santo ou de Oxalá – dirigida por Jesus Cristo; Linha de Iemanjá – dirigida por Virgem Maria; Linha do Oriente – dirigida por São João Batista; Linha de Oxossi – dirigida por São Sebastião; Linha de Xangô – dirigida por São Jerônimo; Linha de Ogum – dirigida por São Jorge; Linha Africana ou de São Cipriano – dirigida por São Cipriano. Em 1952 (após 44 anos do inicio da religião) o Primado de Umbanda, ente federativo que tem como seu Primaz o Senhor Benjamim Figueiredo, responsável pela Tenda Mirim apresenta sua doutrina e os Sete Seres Espirituais responsáveis pela luz espiritual emanada de Deus, o primeiro elo entre Deus e as outras hierarquias espirituais. Em nosso sistema solar, os chamados Orixás Maiores regem as Sete Linhas da Umbanda: ORIXALÁ; OGUM; OXOSSI; XANGÔ; YORIMÁ (IOFÁ, OBALUAÊ); YORI (IBEJI – ERÊS – CRIANÇAS); IEMANJÁ. Em 1955 Lourenço Braga publica o livro “UMBANDA E QUIMBANDA – VOLUME 2”, onde apresenta a seguinte distribuição, onde atribui a cada linha um Arcanjo como responsável e relaciona com os planetas: Linha de Oxalá ou das almas – Jesus – Jupiter; Linha de Yemanjá ou das águas –Gabriel – Vênus; Linha do Oriente ou da Sabedoria – Rafael – Urano; Linha de Oxossi ou dos vegetais – Zadiel – Mercurio; Linha de Xangô ou dos minerais –Oriel – Saturno; Linha de Ogum ou das demandas – Samael – Marte; Linha dos Mistérios ou encantamentos – Anael – Saturno. Em 1956 W.W.Mata e Silva apresenta no livro “Umbanda de Todos Nós” as Sete linhas da Umbanda: ORIXALÁ; IEMANJÁ; YORI (CRIANÇAS ); XANGÔ; OGUM; OXOSSI; YORIMÁ (LINHA DAS ALMAS, PRETOS VELHOS). Notamos que foi a partir da década de cinquenta que os estudiosos retiram das sete linhas a vibração de Iansã e substituem pela Yori (Crianças). Em 1964 no livro “Okê Caboclo – Mensagens do Caboclo Mirim”, de Benjamim Figueiredo fundador da Tenda Mirim, os Orixás se dividem em menores e maiores, sendo estes últimos os regentes das sete linhas: OXALÁ – INTELIGÊNCIA; IEMANJÁ – AMOR; XANGÔ CAÔ – CIÊNCIA; OXOSSI – LÓGICA; XANGÔ AGODÔ – JUSTIÇA; OGUM – AÇÃO; IOFÁ – FILOSOFIA. Em 2003, Rubens Saraceni, apresenta uma nova organização no livro “Sete Linhas da Umbanda – A Religião dos Mistérios”: OXALÁ – essência cristalina – FÉ; OXUM – essência mineral – AMOR; OXOSSI – essência vegetal – CONHECIMENTO; XANGÔ – essência ígnea – JUSTIÇA; OGUM – essência aérea – LEI; OBALUAIÊ – essência telúrica – EVOLUÇÃO; IEMANJÁ – essência aquática – GERAÇÃO/VIDA Em 2009 no livro “Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista”, Rubens Saraceni, traz a seguinte ordenação: OXALÁ; OGUM; OXOSSI; XANGÔ; OXUM; OBÁ; IANSÃ; OXUMARÉ; OBALUAÊ; OMULU; NANÃ; OIÁ TEMPO; EGUNITÁ; EXU; POMBA-GIRA. Em 2010, Janaina Azevedo Corral, no livro “As Sete Linhas da Umbanda”, traz a seguinte apresentação: Linha de OXALÁ; Linha das ÁGUAS; Linha dos ANCESTRAIS (YORI E YORIMÁ); Linha de OGUM; Linha de OXOSSI; Linha de XANGÔ; Linha do ORIENTE Além das codificações citadas acima, existem outras. Estas codificações tentam explicar ou justificar como e porque, os espíritos se manifestam com determinadas características, porque possuem preferência por determinadas cores, nomes, regiões da natureza (praia, montanhas, matas, cemitérios etc.) e demais afinidades. Todos estes escritores e pesquisadores umbandistas, inspirados por seus mentores, observaram, estudaram e de acordo com suas observações agruparam as entidades espirituais em linhas, que foram em determinadas épocas separadas em falanges, legiões etc.

 

POR QUE CRUZAMOS O CHÃO AO ADENTRAR O TERREIRO

POR QUE CRUZAMOS O CHÃO AO ADENTRAR O TERREIRO

 

 

É comum adentrarmos um terreiro, centro, templo de Umbanda e notarmos que assistência, dirigentes e médiuns da casa ao entrarem na mesma ou já na frente de um guia "cruzam o chão", mas o que significa o ato de cruzar o chão?

O símbolo da cruz nos faz lembrar-se de diversos exemplos em nossas vidas, mas o mais marcante com certeza é a crucificação de Jesus no "monte das caveiras". Nos lembramos do sofrimento, da abnegação, da devoção deste ser iluminado pelo mundo e tudo isso é justo, mas nos esquecemos que a cruz nos faz entrar em sintonia com o "sagrado".

Quando entramos em um centro de Umbanda e cruzamos o chão do terreiro, estamos na realidade "abrindo o lado sagrado deste local" para que nele possamos nos beneficiar com todas as bênçãos que nos foram reservadas para este dia de atendimento.

Vivemos em um mundo onde infelizmente muitas coisas ligadas ao sagrado, são tratadas de forma leviana e desrespeitosa, caindo no que podemos chamar de "lado profano"

Um centro de Umbanda é um local sagrado, onde diversas energias circulam pelo mesmo a disposição daqueles que lá vão procurar cura, paz de espírito, esclarecimento espiritual e acima de tudo perdão, mas para usufruirmos de todas estas bênçãos precisamos nos desligar do mundo profano em que vivemos e adotar uma postura de respeito e religiosidade. O ato de cruzar o chão identifica que desejamos adentrar este campo, pois nesta saudação pedimos licença ao "EM CIMA" ao "EM BAIXO" a "ESQUERDA"  e a "DIREITA" deste local.

Claro que somente o ato de cruzar o chão não nos faz merecedores de tudo que a nós foi reservado, precisamos também abrir o lado sagrado de nosso espírito com respeito, fé, devoção e acima de tudo silêncio neste local sagrado. Lembre-se se você bater a porta vai se abrir.

Quando estamos já na frente do guia, cruzamos o chão, pois estamos adentrando o espaço sagrado deste enviado de Aruanda para que possamos junto a ele obter informações e aprendizado para nos tornarmos seres humanos melhores e mais maduros.

Ainda nos dias de hoje presenciamos nem todos tendo ciência deste procedimento nas casas e junto aos guias, preferindo muitas vezes permanecer do lado "profano" em que se encontram e infelizmente falta também informação para a assistência ficando muitos fazendo algo que nem sabem do que se trata.

Umbanda tem fundamento e precisamos trabalhar, levar informação com ética e bom senso se faz necessário, pois somente assim poderemos conquistar o respeito que tanto almejamos junto a nossa tão amada UMBANDA.

 

Como OBALUAYÊ rege o mistério das cruzes e das passagens, que ele possa com seu amor de Pai despertar mais nosso lado sagrado e que esta transformação ocorra de dentro para fora. ATOTO OBALUAYÊ traduzindo ( SILÊNCIO, REI SENHOR DA TERRA)

 

É isso ai pessoal, muita luz, amor e paz em suas vidas!

 

Meu sarava fraternal a todos

 

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AMALÁS E ERVAS

AMALÁS E ERVAS

Ervas e Amalás

Veja Amalás e ervas para banho de descarrego

OXALÁ


AMALÁ
14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça branca e flores brancas.

LOCAL DA ENTREGA
Um lugar muito bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de uma entrega para Iemanjá, na praia.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
 Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S. João, Alecrim do Mato, Hortelã, Alevante, Erva de Oxalá (Boldo), Folhas de Girassol, Folhas de Bambu.

OGUM


AMALÁ
14 velas branca e vermelha ou 7 brancas e 7 vermelhas, cerveja branca servida em coité, 7 charutos, peixe de escama e de água doce, ou camarão seco, amendoins e frutas, de preferência, dentre elas, uma manga (melhor a espada).

LOCAL DA ENTREGA
Uma bonita campina.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
 Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Espada de S. Jorge, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba.

IEMANJÁ


AMALÁ
 7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, rosas brancas ou outro tipo de flor branca.

LOCAL DA ENTREGA
Na praia.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
Pata de Vaca, Folhas de Lágrima de N. Senhora, Erva Quaresma, Trevo e chapéu de couro, Alfazema.

 

OXÓSSI


AMALÁ
7 velas verdes e 7 brancas, Cerveja branca servida em coité, 7 charutos, peixe com escama de água doce ou umamoganga bem assada com milho dentro coberto com mel.

LOCAL DA ENTREGA
Na entrada da mata.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas de fava de Quebrante, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Folhas de Laranjeira, Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracujá, Folhas de Palmito, Folhas de Abacateiro.

XANGÔ


AMALÁ
7 velas marrons e 7 velas brancas, 7 charutos, cerveja preta servida em coité, camarão, quiabo.

LOCAL DA ENTREGA
Na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô, Alevante, Quebra-Pedra.

 

IANSÃ


AMALÁ
7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela

LOCAL DA ENTREGA
Uma pedra ao lado do rio.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
 Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca , Erva de Santa Bárbara.

OXUM


AMALÁ
7 velas brancas e 7 amarelo claro, Flores Amarelas, água mineral canjica amarela, fitas amarelo claro e branca.

LOCAL DA ENTREGA
Ao lado de uma cascata/cachoeira.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica,Trevo Azedo ou Grande, Chuva de Ouro, Manjericão, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calêndula, Alfazema.

 

PRETO VELHO


AMALÁ
7 ou 14 velas branca e preta, tutu de feijão, feijão fradinho, doces naturais como cocada, rapadura. Bebida: cerveja preta ou marafo. Fruta: banana prata também conhecida como banana maçã. Flores brancas. Um cachimbo, fumo e cigarro de palha.

 

 

 

EXÚ


AMALÁ
7 velas vermelhas e sete pretas; Comida: farofa de milho, com bastante pimenta e alho, coberto com azeite de dendê; o recipiente pode ser, no caso dos exus, um alguidar de barro; bebida: marafo; 7 charutos; se quiser flores vermelhas.

Para as pombas-gira o procedimento é o mesmo, exceto que ao invés do charuto deve ser entregue cigarros acompanhado de uma caixa de fósforos entreaberta e a bebida seria vinho tinto.

LOCAL DA ENTREGA
No caso dos exus os lugares dentro da cidade seria nas encruzilhadas, portão do cemitério ou dentro do cemitério (o cemitério chama-se calunga pequena), para os exus da encruzilhada, do cemitério e das almas. Entretanto no caso dos exus, recomendamos que a entrega seja feita dentro de um mato ou em sua entrada, de preferência em baixo de dois galhos de árvores que se cruzem.

POMBA GIRA


Farofa
Vinho branco ou rose
Cigarro com a carteira aberta e alguns puxados para fora
1 Caixa Fosforo
Velas vermelhas
Flores - rosas de qualquer cor

DONA MARIA PADILHA


AMALÁ
7 maças vermelhas, 21 morangos, 7 Ameixas Vermelhas, 7 Bombons, 7 Velas Brancas, Cigarro, Anis e Flores 

CRIANÇA


AMALÁ
7 ou 14 velas brancas, rosas ou azuis. Balas, pirulitos que podem ser do formato de chupeta e doces de qualquer tipo.

A bebida deve ser um refrigerante de preferência guaraná.

LOCAL DA ENTREGA
Um jardim ou um campo onde tenha flores. 

 

BOIADEIRO


AMALÁ
7 velas amarelas. Comida dentro de uma gamela: arroz integral, virado de feijão preto, batata assada, rapadura, cocada, arroz mineiro, arroz tropeiro, podendo ser usada uma moganga, flores do campo, cigarros ou cigarrilhas.

Bebida: marafo ou batida de coco.

 

 

CIGANOS


AMALÁ
3 ou 7 velas de cera incolor, frutas como maçã, pêssego, uva principalmente, dentro de uma gamela, arroz integral e batatas assadas pequenas e descascadas, coberto com canela e mel tudo arranjado com flores. Bebida para o cigano vinho tinto, e para a cigana vinho branco. Para o cigano cigarro ou cigarrilha, e para cigana cigarros.

 

 

MARINHEIRO


AMALÁ
Para a linha dos marinheiros nós preparamos uma entrega com arroz branco, peixe de água salgada, às vezes batata com mel, pedaços de coco, cigarro, marafo e como flores o cravo. Pode ser usado no lugar do alguidar de barro a gamela, folhas de bananeira ou aquela casca do coqueiro. 

LOCAL DA ENTREGA
Na beira da praia

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Pano da Costa

Presença e distintivo do posicionamento feminino nas comunidades religiosas afro-brasileira, o pano-da-costa, não é apenas um complemento da indumentária da mulher; é a marca do sentido religioso nas ações da mulher como iniciada ou dirigente dos terreiros.

Observemos a profunda conotação sócioreligiosa desse simples pedaço de tecido, que atua em tão diversificadas situações, desempenhando papéis dos mais significativos e necessários para a sobrevivencia dos rituais africano. O pano-da costa é assim chamado por ter sido um tipo de tecido vindo da costa dos escravos, Costa Mina, Costa do Ouro. O tecido original foi substituido por outros tipos de tecidos, o que não diminui em nada as funções do pano-da-costa.

O pano-da-costa identifica a mulher feita, mesmo que ela naum esteja de roupa de santo completa.

A situação do pano-da-costa é de maior importância, se colocarmos a presença da mulher como símbolo do poder sócioreligioso e arquétipo dos valores mágicos da fertilidade, isso motivado pelas formas anatômicas características da mulher.

O sentido protetor do pano-da-costa é outro aspecto que merece atenção. As Yaos, ao terminar o período de feitura começam a travar seus primeiros contatos com o mundo exterior protegidas pelo pano-da-costa branco, que representa o prolongamento do Ala de Oxala, envolvendo praticamente todo o seu corpo no grande pano-da-costa, procura manter os valores religiosos de sua feitura quando em contato com os valores profanos encontrados extramuros dos terreiros

Nos sirruns/axexes, a mesma proteção do pano-da-costa, ateado como capa envolvente mágica, aparece guardando as mulheres das presenças de egum.

Amigos, se voces podem encontrar mais informações sobre o pano-da-costa no livros O Povo do Santo de Raul Lody da PALLAS-Editora e Distribuidora Ltda.

Agora vamos aos meus comentarios.

O pano-da-costa é de uso exclusivo da mulher nos cultos africanos, porque uma das principais funções do mesmo é proteger os orgão reprodutores das mulheres, das Yamis.

Concordo com toda essa parte a cima transcrita do livro. Nos rituais de sirrum/axexe as mulheres usam dois panos-da-costas branco: um protegendo seus ventres e outro sobre os ombros como uma capa que envolve todo o seu colo e seios.

O autor fala sobre o uso de tiras amarradas na cintura pelas mulheres com obrigações de 7 anos e pelas ekedes. Bem ai eu discordo. Primeiro se tem que ser usado na cintura, então que seja um pano-da-costa enrolado e não uma tira de pano como muitas usam. O pano-da-costa deve ter no minino 60 cm de largura para que possa proteger os orgãos que necessitam de proteção. As famosas mães de santo não usam o pano- da -costa na cintura nunca.

Aqui no Rio de Janeiro convencionou-se que o pano-da-costa deve ser usado de acordo com a idade de santo, isto é, só usa preso acima dos seios aquelas que ainda são yaos. Esta errado, pano-da-costa é para ser usado dessa forma mesmo independente da idade de feitura, quando muito, pode-se enrolar até abaixo dos seios.

Eu mesmo muita vezes coloco meu pano-da-costa na cintura, mas coloco-o aberto e não enrolado e nunca o uso assim em candomble.

De alguns anos para cá os homem aderiram o pano-da-costa, mas nenhum deles até agora explicou o porque de usa-lo e nem podem explicar pois o mesmo é de uso exclusivamente feminino.

Observem que as santas mulheres usam o pano-da-costa, os santos homens usam o pano-da costa amarrados no ombro lembrando um Alaka (esse sim pertence ao homem) ou amarrado para tras, ou simplesmente ficam com o peito nu adornados pelas conta e brajas.

Em algumsa casa encontramos abians usando pano da costa, esse procedimento esta errado. As abians ainda não tiveram seus pontos de energias abertos durante uma feitura, portanto as mesmas não necessitam dessa proteção ainda

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